quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sábio Friedrich Nietzsche.


- Que dizia que a vida sem música seria um erro.
Sou exigente em tudo, tudo o que eu gosto é escolhido a dedo, estudado calmamente. Eu não gosto de qualquer tipo de comportamento, eu não gosto de qualquer textura de jeans, eu não gosto de qualquer pessoa, principalmente aquelas que sorriem demais para mim sem ao menos me conhecer. Infelizmente, tudo o que eu gosto é sempre demasiado, em uma proporção menor do que na minha opnião deveria ser tudo do jeito que eu me identifico, não do jeito que eu gosto, gosto é gosto, não iria agradar a todos.
Eu também sou assim em relação á música, eu não escuto qualquer coisa que toca no rádio, ou em lugares por onde eu passo. Música ruim, que não deveria ser chamada de música, me dá enjoo, nojo, por onde eu passo, onde eu vejo, estão todos na mesma, ouvindo música ruim. Para certos tipos de situações meu cérebro funciona perfeitamente, quando minha percepção de poluição sonora está ligada e detecta esse tipo de porcaria, parece que meus ouvidos se fecham, e dentro de minha cabeça começam a tocar minhas músicas favoritas, os discos que eu tenho debaixo de minha cama. É impressionante, que está ao meu lado quando isso acontece fica sem entender o que está se passando, começo a sorrir, sacudindo a cabeça, eu olho ao meu redor e vejo tudo o que há de ruim, tudo o que atrapalha nessa vida.
É ai que eu vejo que tudo aquilo que me agrada é bom, e o quanto eu devo dar mais valor do que eu dou. Valorizar tudo aquilo que achamos que é certo, que é único, é fazer bem para nós mesmo, é mostrar aos amigos o quanto sabemos sobre coisas boas, trocas de informações sobre o que for, se é arte, poesia, ou música, é difundir a cultura, que aos meus olhos é algo que ninguém pode tirar de você, sua inteligência. Minha cultura é tarjada como contra-cultura, nos jornais só vejo críticas, estranho é ver o quanto todos escutam, todos se baseiam, e sofrem influências de tudo o que eu gosto. Ninguém tem coragem de dizer o quanto tem potencial, o quanto são originais, o quanto fizeram a diferença e fazem até hoje!
Hoje, na hora do almoço eu estava indo para casa, passa uma mãe e o pequeno dela, ele estava voltando da creche, de uniforme, cabelinho despenteado, sorridente, o garoto aparentava terno máximo uns cinco anos, e foi por isso que eu fiquei impressionado com o que eu vi. Sabe o que ele estava cantarolando? Não, você nunca acertaria, pois nem eu na hora quis crer. Ele nunca deve ter ouvido no rádio, muito menos na tv, provavelmente deve ser influência dos pais. Crianças não cantam músicas que não gostem, crianças, não ficam com músicas ruins e irritantes na cabeça como nós ficamos, só querem o que gostam.
Parece que só os bons músicos morrem, que encerram suas carreiras, descontência de não ser dado o devido valor que merecem, parece, que para cada Joey Ramone que nasce, nascem cem Latinos, Calypso e afins.
E ele cantou: "[...]Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world. [...]"
Me fez ganhar o dia ouvir aquilo, fez com que eu percebesse que ainda há remédio para o que há de ruim, que ainda há esperanças, esse mundo há de mudar, e vai ser para melhor.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário