quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sábio Friedrich Nietzsche.


- Que dizia que a vida sem música seria um erro.
Sou exigente em tudo, tudo o que eu gosto é escolhido a dedo, estudado calmamente. Eu não gosto de qualquer tipo de comportamento, eu não gosto de qualquer textura de jeans, eu não gosto de qualquer pessoa, principalmente aquelas que sorriem demais para mim sem ao menos me conhecer. Infelizmente, tudo o que eu gosto é sempre demasiado, em uma proporção menor do que na minha opnião deveria ser tudo do jeito que eu me identifico, não do jeito que eu gosto, gosto é gosto, não iria agradar a todos.
Eu também sou assim em relação á música, eu não escuto qualquer coisa que toca no rádio, ou em lugares por onde eu passo. Música ruim, que não deveria ser chamada de música, me dá enjoo, nojo, por onde eu passo, onde eu vejo, estão todos na mesma, ouvindo música ruim. Para certos tipos de situações meu cérebro funciona perfeitamente, quando minha percepção de poluição sonora está ligada e detecta esse tipo de porcaria, parece que meus ouvidos se fecham, e dentro de minha cabeça começam a tocar minhas músicas favoritas, os discos que eu tenho debaixo de minha cama. É impressionante, que está ao meu lado quando isso acontece fica sem entender o que está se passando, começo a sorrir, sacudindo a cabeça, eu olho ao meu redor e vejo tudo o que há de ruim, tudo o que atrapalha nessa vida.
É ai que eu vejo que tudo aquilo que me agrada é bom, e o quanto eu devo dar mais valor do que eu dou. Valorizar tudo aquilo que achamos que é certo, que é único, é fazer bem para nós mesmo, é mostrar aos amigos o quanto sabemos sobre coisas boas, trocas de informações sobre o que for, se é arte, poesia, ou música, é difundir a cultura, que aos meus olhos é algo que ninguém pode tirar de você, sua inteligência. Minha cultura é tarjada como contra-cultura, nos jornais só vejo críticas, estranho é ver o quanto todos escutam, todos se baseiam, e sofrem influências de tudo o que eu gosto. Ninguém tem coragem de dizer o quanto tem potencial, o quanto são originais, o quanto fizeram a diferença e fazem até hoje!
Hoje, na hora do almoço eu estava indo para casa, passa uma mãe e o pequeno dela, ele estava voltando da creche, de uniforme, cabelinho despenteado, sorridente, o garoto aparentava terno máximo uns cinco anos, e foi por isso que eu fiquei impressionado com o que eu vi. Sabe o que ele estava cantarolando? Não, você nunca acertaria, pois nem eu na hora quis crer. Ele nunca deve ter ouvido no rádio, muito menos na tv, provavelmente deve ser influência dos pais. Crianças não cantam músicas que não gostem, crianças, não ficam com músicas ruins e irritantes na cabeça como nós ficamos, só querem o que gostam.
Parece que só os bons músicos morrem, que encerram suas carreiras, descontência de não ser dado o devido valor que merecem, parece, que para cada Joey Ramone que nasce, nascem cem Latinos, Calypso e afins.
E ele cantou: "[...]Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world. [...]"
Me fez ganhar o dia ouvir aquilo, fez com que eu percebesse que ainda há remédio para o que há de ruim, que ainda há esperanças, esse mundo há de mudar, e vai ser para melhor.
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quarta-feira, 27 de maio de 2009


- É, parece que foi ontem, mais já fazem dois anos que tiramos essa foto, domingão de sol, skate, sprays, amizade. Nessa época era só curtição, baladinhas, rolês, eu já era preocupado com meus deveres, é fato, mais aproveitei minha adolescência da melhor maneira possível.
Crescemos, nossas vidas tomaram rumos diferentes, só o irmão mais novo que não tomou rumo, muito menos juízo.
Entristeci de ver ele, daquele jeito. Muléque tão cheio de vida, era todo cuidadoso consigo mesmo, seus cabelos eram impecáveis, seu estilo chamava a atenção de todos, ele era o terror das garotas, hoje em dia eu não o vejo, o cara que eu conheci. Me lembro, como eram os finais de semana na casa dele, festas, festas, e mais festas, os vizinhos chamavam 'nossa goma - o monte sião', de prostíbulo, pico de encontro da nossa patota, das belas garotas, se aquele lugar falasse ele iria contar todas coisas que aprontamos lá dentro, das bebedeiras, das gorfadas do Rafinha, eu sinto falta das coisas boas.
Após a mãe dele partir para a Espanha a casa se tornou nossa de vez, pintamos as paredes de preto, fizemos uns detalhes parecendo arabescos nos cantos das paredes, para onde se olhava se via arte, que dominava a casa, quadros, fotos, as pichções nas paredes, o pequeno pé de erva doce na janela do quarto, lembro quando o gato dele comeu umas três folhas, ficou louquinho, ficou caindo, foi engraçado. Para uma casa de três pequenos cômodos e um grande quintal aquele era o lugar perfeito, o aconchego de todo mundo, tinha hora para começar sim, mais acabar não. Todo mundo acabava dormindo lá, no sofá, nos pufs, no tapete, na mesa, no chão, dentro do banheiro, no chuveiro, ninguém reclamava de desconforto, ao contrário, todos elogiavam.
Foi a primeira vez, até agora, que eu morei sozinho em uma casa, nem parecia que lá moravam quatro garotos,uma puta mania de limpeza e organização, dava orgulho. Todos nós zelavámos por tudo o que havia lá, a amizade, o lugar. Infelizmente, por motivos que não são motivos, pisaram na bola com nossas idéias, começaram a viajar, não escutaram meus conselhos,mais se conselho fosse bom não se dava, vendia. Dois bonitões do nosso círculo foram presenteados com o que um homem não quer mais um dia vai querer, pequetuxos, o Rê fez seu papel de homem, se tem um nome para a responsabilidade é Renato, se casou, se fez pai, apesar de ser tão jovem, amadureceu em pouco tempo, me orgulho do Sherman, até o último.
Já o Patrick continuou com a mesma vida, nossa vida triste e depressiva, boêmia. Bebidas e drogas, e mais drogas, e mais drogas, continuou o mesmo garoto, se mostrou palhaço, deu de louco, mostrou que não era aquele muléque que era meu amigo, amigo mesmo, não esses parceirinhos de rolês. Não o condenei não, pelo contrário, dei o maior apoio, vamos sair disso tudo juntos brother. Planejavámos como ia ser com o pivetinho dele, ele ia andar de skate com nós, soltar pipa, iamos levar ele pra pixar com nós, ele iria se vestir como o nós, ele iria se chamar como nós, Rua, ele iria ser mais um da 2nkcrew, nada de chorôrô adolescênte sem sentido.
Pode me chamar de sentimentalista sem sentido, pode me chamar do que quiser, mais toda vez que eu vejo o Pequeno dele, as lágrimas saem dos meus olhos, sem pedir, me revolto com ele. Reclamava tanto, era o motivo dele ser tão revolta, era a razão de ele querer fazer tudo por ele,o que ninguém tinha feito por ele. Não sei como é crescer sem um pai, mais sei que é algo dificilímo, ele se queixava muito, dia dos pais era um dia de luto pra ele, desde pivete. Ele só foi mais um mentiroso, mais um desses daí, um sem coração, não suportou a pressão de fazer o que era certo.
Não deu satisfação, foi fodendo com tudo e todos, não avisou ninguém sobre suas decisões, se separou de sua garota, ainda na época da gestação, quis se rebeldinho, livre, eu ria quendo ele dizia aquelas besteiras ...viadinhos maconheiros, vocês têm medo, por que você não cheiram cocaína?, ele mantinha seu status de 'nasci para ser selvagem' de qualquer maneira,não quis saber.
Lembro do dia que ele veio até aqui e conversou com a minha mãe, o quanto ele chorou, o quanto aquilo tudo que minha mãe disse não valeu de nada para ele. Foi assim que começou o fim, um baseadinho aqui, outro ali, hoje ele trabalha na representante oficial para se sustentar, junto de seu vício, tem a ficha criminal mais extensa que a minha.
Raspou a cabeça, fez luzes, usa calças de moletom, trabalha no tráfico, escuta os funks atuais. Só queria saber aonde está o Sid Vicious que vivia dentro dele.

domingo, 24 de maio de 2009


Sempre tenho vontade de escrever sobre tanta coisa, sempre tenho material pra colocar aqui, sempre presencio fatos engraçados, curiosos, divertidos, mais eu sempre tenho uma preguiça de parar aqui e escrever tudo isso.
Proximidade e a distância juntas, é silêncio, inquietação,ando de um lado para o outro, não há paz, sossego. Toda vez que eu me encontro em uma situação assim não sei o que fazer, se quer saber até sei o que fazer sim, e sei o que dizer também, não tenho vergonha, eu tenho medo de ninguém ouvir o que eu tenho a dizer e deixar minhas palavras irem junto ao vento, fico sorrindo sozinho, passo a mão em meus cabelos, raciocinando, ensaiando meus passos, saio pra rua, fico andando para lugares que eu ainda não conheço, fico destraído, desprevenido, á própria sorte, como se eu fosse um peixe que nada em um oceano, que atira em direção do nada, no escuro, com a esperança de acertar algo que se quer sei que exista.
É impressionante, se vulgarizam sozinhas, não sou falso moralista não, santo, muito menos. Não sou o mais certo, mais o modo com que fazem é errado. Mentem, para fugir de suas fraquezas,de seu próprio vazio, mentem para mim, dizendo coisas para tentar iludir, mais isso as vezes parece funcionar, caio no jogo que querem mais logo desperto, aquele solavanco, um tombo junto de um beliscão. Tentar me enganar não é nada fácil, fico dizendo para mim mesmo que eu não vejo isso, que essas coisas erradas são apenas fruto de minha imaginação, e são sim, eu vivo em um mundo que não existe. Onde existe a sinceridade, não há maldade, e é possível enxegar beleza em uma xícara de café, onde se possa ver pureza em fumar um cigarro, sentado á beira da rua, onde tudo tem charme, e apenas o preto e branco são as cores que podem ser vistas, onde o som que pode se ouvir não é a poluição sonora das ruas da cidade, e sim os violões e as belas composições de seus intérpretes. Fingindo existir esse mundo perfeito para mim, eu não faço com que isso seja o remédio para minha dor, nem refúgio, eu sei que esse mundo existe para poucos como eu. Eu sei que não é nada fácil encontrar alguém que realmente se pareça ou pense como eu, até hoje só encontrei um alguém assim, e infelizmente permaneço longe de sua compahia, trocas de palavras entre nós são raras, nossas conversas então, cada vez eu vejo que não estamos perto um do outro, e isso é ruim, mais isso é bom para mim, amadureci bastante, e aprendi a continuar a manter as coisas boas que eu trago dentro de mim, minha ingênuidade, pureza, eu gosto de ser assim. Eu sei combinar um pouco de cada coisa, cada elemento, nada sai parecido com um outro alguém, é único. Ontem, logo no começo da noite, comecei a conversar com um grupo de garotas que estavam com uma conhecida, boa parte delas me trataram com indiferença, nem deram importância de me comprimentar ao menos, e aquelas que o fizeram, foi com má vontade, com nojo, como se eu por ter dois furos no rosto fosse doente, porém, fiquei impressionado, uma delas começou a conversar comigo, e se mostrou simpática. Ela disse uma coisa que não saiu da minha cabeça até agora, e me fez por um minuto esquecer os problemas e preocupações que me afligiam ontem, : -Você é intrigante, excêntrico. Tentar te entender faz minha mente trabalhar, estimula, e ao mesmo tempo a confusão toma conta de mim, faz tudo parecer turvo, como a névoa. eu cocei minha cabeça, olhei para o chão,senti uma puta vergonha junto com uma puta satisfação de ouvir aquilo, me despedi e em seguida me afastei, dever cumprido, se em um bilhão de pessoas que passem por seu caminho você consiga transmitir o que você pensa e sem querer parecer convencido, cativa alguém, seu dever está cumprido.
Sou uma espécie em extinção, como se fosse um dinossauro que caminhasse pelas ruas da cidade, procurando seus iguais e só encontrasse os fósseis, mesmo assim a busca não é perdida, eu encontro coisas boas e as recolho. As coisas não são como pensamos, querer nem sempre é poder, fazer birra, isso não é nada agradável, e isso é tão previsível, não se esqueça que o poder não está em suas mãos, e eu não esqueço de nada que acontece comigo. Ninguém escapa do peso de viver assim, me castigou em partes, triste é saber que vai ser assim com você também, e que vai durar por um mês ou até uma década, mais vai acabar como eu. Por seus erros você se fere, por suas palavras e atos, me feriu. É irreparável, as páginas do diário podem ser arrancadas, e até reescritas, mais o que interessa foi o que eu vi, não o quanto havia de sinceridade lá, parecia haver. As letras juntas, as juras. Um balde de água fria em cima de mim. São tantos sentimentos junto, é amor, ódio, pureza, malícia, sinceridade, mentira. Contradição, é, eu só queria guardar as coisas boas. Tá anoitecendo, você olhou para o céu?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ser racional, é ter bom senso.

- Triste, alegre, ansiedade, uma paz, uma calmaria aqui dentro, junto do medo, á coragem, minhas forças. Sorrisos, abraços, tapinhas nas costas, frases bonitinhas, definitivamente não concertam porra nenhuma, muito menos esse seu texto decorado, suas palavras me machucam, mais com o tempo eu aprendi á conviver com isso.
Duas vezes essa semana já, só essas duas também, graças á deus. Ficar mofando no divã, ouvir expeculações que me deixam tenso, uma puta vontade de mandar todos irem se fuder, largar tudo e virar hippie/rastafari, e ir vender bijouterias na praça do correio, deixar o cabelo crescer, não ter que fazer a barba, não se preocupar onde vai ter que ir, onde vai durmir, o que vai comer(to brincando, haha). Ás vezes me dá raiva ser assim, responsável, querer preservar todos que estão á minha volta, isso faz com que eu seja totalmente previsível, e isso é um saco, tô diferente ultimamente, não quero ser mais assim, duas ou três pessoas me falaram essa semana que eu to mudado, pra melhor, não pode mudar pra pior né! Meu cabelo, meu modo de falar, falaram que eu to mais bonito, isso faz um bem pro meu ego, hahahaha, eu não estou acostumado á receber elogios, é embaraçante;
Toda vez que eu volto de lá, me dá um nó na garganta, um frio na barriga, um medo de ficar sozinho, e eu fico deitado aqui na minha cama, fico esperando algo que não chega, um ombro amigo, eu gosto de conversar, eu gosto mesmo é de ouvir o que os outros tem a dizer, sinto uma carência tremenda, uma falta de tudo, de um abraço, de alguém pra passar a mão nos meus cabelos, não é carência de meninas, é de afeto, meu bro nem fica mais em casa comigo, e eu preciso tanto dele aqui comigo, principalmente nessas horas, é tenso demais.
Sinto falta de conversar sim, mais eu nem curto dividir certas coisas, prefiro guardar pra mim, pior é ter que contar meus segredos mais secretos pra um estranho, e eu não conto mesmo, nem me importo com o que vão falar sobre mim. Dividir algo tão pessoal é tenso, sentimento pode ser comparado á skate, ipod, namorada, bicicleta, carro, não se divide não se empresta. Não vai falar nada? Não vai me dizer o que acontece com você? Por que não me diz o que te dá medo? Meu olhar falava por mim, junto com minha indiferença á ele, ele parecia estar mais tenso que meu papai na sala de espera, começou a querer mostrar desenhos, fazer piadas, : - O quê você vê Felipe? ... - responde! - Ahhhhh, eu vejo fotos do video do Gnarls Bakley, Crazy. Ele fez uma puta cara de bunda, e ficava perguntando: - E agora? E agora? O quê você vê? Mantive minha resposta, ficava rindo que nem um tonto lá, saí.
Meu pai ficou meio que descontente comigo, o que eu posso fazer? Fiz e vou fazer de novo, ser excêntrico e ser louco são duas coisas diferentes, e eu sou um pouco de cada, graças á deus. Se tem algo que eu gosto é do meu jeito nerd, com o cabelo bagunçado, de usar roupas apertadas e extralargas também, de ficar cantando sozinho, não tem nada que me deixe mais feliz que isso. Eu poderia ser mais um ai, um mentiroso, alguém que segue a merda da moda, que alisa o cabelo e usa franjinha de lado, que ouve o Nx Zero, nãããão caralho! Algo prazeroso é ver gente que é assim me chamar de tosco e olhar feio pra mim, eu grito, caralhoooo eu sou eu porra, e ninguém faz igual! :D
Esse meio tempo dessa semana vai ser legal, espero. Ver a Jú, devolver as coisas delas, tirar meu título de eleitor, ir na galeria, minha hora chegar, tanta coisa boa. Eu nem quero presentes, se algo que é não me agrada é isso, parentes que não vejo há um ano, aparecem aqui, ficam fazendo sala, como se houvesse intimidade, dão presentinhos, abraços, Não! Tábuas da Santa Cruz, uma camiseta dos Misfits, um cap novo, querer eu quero, mais tem coisa muito melhor que isso,não quero parabéns no orkut, que merda. Os verdadeiros me ligam graças a deus, e eu nem preciso, apesar de querer, eles presentes aqui comigo pra ter mais uma passagem feliz.
Amanhã é o dia da mamãe, e eu fui o presente de aniversário dela *----------------------------*
E amanhã a Maísinha vem pra cá, e vai passar o final de semana aqui, aaaaaaaaaai ;@
Nem tem nada melhor!

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sábado, 9 de maio de 2009

Tudo o que eu mais preciso


- Já se sentiu bobo? Enganado? Sozinho, só mesmo? Já olhou para todos os lados e não enxergou nada e ninguém? Já estendeu á mão com a esperança de alguém por perto te ajudar á se levantar, e ninguém veio? É, complicadissímo. Ficar andando feito barata tonta, de um lado para o outro, ir á algum lugar, sair pra andar, querendo buscar conforto, um abraço amigo, e perceber que seus tais amigos são amigos sim, mais só nas melhores horas, em meu pensamento ser amigo é estar todas as horas sim, e estar mais presente quando estiver nas piores horas, em maus momentos, tentar saciar a solidão, junto com a dor e o sofrimento.
Não estou tendo motivos para reclamar da minha vida não, pelo contrário, estou feliz, não poderia estar passando por uma fase melhor, é que eu vejo algumas coisas, e conseqüentemente me lembro de outras, para piorar ter que ficar ouvindo coisas que não me agradam, é fóda! Eu não estou errado, eu não fiz por merecer isso, e semana após semana, de um ano pra cá eu fico me perguntando, o Porque de tudo isso.
Ruim mesmo é ter que ouvir piadinhas idiotas sobre o meu sofrimento, sobre as babaquices que eu escuto todas as quartas-feiras de manhã. - Tô falando com quem agora? Marshall Bruce Matters III, ou é o Slim Shady que está ai? Eu engulo tudo isso, e isso não se desfaz aqui dentro, as palavras tem o dom de machucar, certas atitudes também.
Eu me sinto normal, eu sou eu mesmo, nunca vejo minhas atitudes mudarem, ou meu pensamento se alterar, todos olham para mim com aquela expressão de dó, misturada ao medo, preferia ficar internado, preso á uma camisa de força, dopado o dia todo, só pra não ter que viver isso. Fico procurando formas para fugir disso, vou á lugares que curto ir, fico andando, paro. Acendo um cigarro, maldito vício, tentando preencher o vazio do meu peito com fumaça, dá aquele prazer gostoso, e aquela sensação horrível, gosto de cinzeiro na boca, o sabor amargo do fumo, aquele cheiro de morte dentro de você. Quando faço isso me lembro a primeira vez que fiz isso, devia ter uns seis anos, eu era louco pra fumar um cigarro, vivia recolhendo pontas do chão, mais nunca passaram perto da minaha boca, a vontade era forte, mais meu nojo era maior. Era um sábado de manhã, como sempre eu descia até a casa da vó Dita, me sentava ao lado dela, no sofá que ficava ao lado da janela, ela ligava o rádio, ficavámos ali, ouvindo as notícias na CBN, conversando sobre, ela sempre fumava perto de mim, apesar de saber que aquilo me fazia mal, eu ficava ali, ela sempre ficava tentando me espantar, mais eu permanecia ali. E assim eram meus sábados, felizes, meus finais de semana perto dela. Certo dia, entrei na casa dela e fui direto pra cozinha, abri a geladeirae peguei um Yakult, do quarto ela exclamou: - Lipe, para de rodeios e vem logo aqui. As lombrigas estão te comendo por dentro, se é isso que você quer, fuma! Me senti homem, adulto, lembro que sempre que via os comerciais do Marlboro ficava me imaginando, no lugar do Cowboy, imponente em seu cavalo, se maço de cigarros na mão. Me sentei no sofá ao lado dela, ela perguntou se eu queria acender, pedi para me ensinar, de primeira, deixei a fumaça dentro da boca e soltei, perguntei pra mim mesmo, que merda, isso é o tal cigarro do comercial? Tentei novamente, enfim na quarta tentativa consegui tragar, quando soltei a fumaça comecei a tossir, ela sorriu e disse: - êêêê, pequeno viu! Depois daquele dia todos os sábados eu queria fumar, mais ela nunca mais permitiu.
Quando fui pra quinta série, comprava sempre, duas ou três vezes na semana, fumava com freqüência, até que caiu aos ouvidos de minha mãe. Descontentamento, : - Um terço de nossas vidas, passamos as noites dormindo, você, ficava em hospitais com problemas respiratórios, tá querendo se matar? Me doeu ouvir aquilo, mais nunca tomei vergonha na cara e parei, nunca deixava de fumar um cigarro. Minha mãe fica brava quando chamo á atenção da Pelota quando ela vai fumar, diz que eu sou falso puritano, pior que sou mesmo, faço errado, mais não quero ver aqueles que eu quero bem fazê-lo. Não o faço por mau.
Estava pensando nisso hoje pela manhã, viramos á noite na prefeitura, é sempre bom estar com os camaradas, conversar sobre punk rock, beber, andar de skate, fazer videos idiotas. Encontrei o Thiago e uns colegas dele no baixo centro, em frente ao bar do Jé, que por sinal estava fechado, nada de Heineken, muito menos dardos(eu sou bom porra :D), muito menos snooker(eu sou bom porra :D #2), então resolvi seguir o caminho com eles, fomos até o Extra compramos oito caixinhas de cerveja, um saco de gelo, quatro salgadinhos, dez pacotinhos de trident(cortesia do Extra ;D), que banquete! Encheram duas mochilas térmicas e uma sacola com o gelo e a cerveja, e ficamos lá, até as oito da manhã do dia de hoje. Secamos a cerveja e tudo o que tinha direito, em quatro pessoas, deu pra ficar alegre, foi bom. Triste mesmo, foi ter que trabalhar assim. Triste mesmo é ter passado a tarde toda assistindo filme sozinho no sofá, parecendo velho. Triste mesmo é saber que hoje é sábado, e está uma puta de uma chuva lá fora. Bom mesmo é saber que vamos sair daqui a pouco, a melhor coisa que o Rafa fez foi ter comprado o carro! hahahahaha.
Essa semana percebi o quanto eu sou errado, li uma coisa em uma revista na sala de espera que me fez ficar pensando, passei a quarta-feira pensando nisso até agora, um psicanalista escreveu um texto que o título era o seguinte, a razão acima de tudo, que deus nos fez assim, a cabeça acima do coração, para que o sentimento não ultrapasse a razão, então... no lugar coração eu tenho um cérebro, e no lugar do cérebro eu tenho um coração?
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tinta.


Tinta, pode ser definida como um líquido de cor, de que nos servimos para escrever, para imprimir, para pintar. Líquido produzido na bolsa ventral dos cefalópodes e que lhes permite esconder-se em caso de perigo. Tinta da China, composição sólida ou líquida de negro de fumo, para desenhos aquarelados. Tinta simpática, líquido de traço incolor no papel, mas visível com certos tratamentos.
Apenas tinta, escrever, desenhar, rabiscar, resenhar, transformar poucas palavras em algo concreto que cause impacto, que com apenas uma pincelada transcreva todo o sentimento, quando vejo palavras, frases feitas, eu vejo mentiras. Eu vejo gente sempre recitando o mesmo texto, decorando palavras a dizer, ensaiando, sendo que as coisas boas de viver não se ensaiam, acontecem espontâneamente, seus atos falam por si próprios, tudo o que você faz, tudo o que você diz atrai energias boas e ruins para você, cabe a você decidir pelo o que você quer para você.
Eu vi uma máscara cair, fazendo coisas boas ou ruins, faça o que quer sim, e mostre quem você é.
Se esconde, por trás desse seu sorriso eu vejo tanta coisa, olhando daqui dá para ver, a insegurança, sua despreparação, sua ingênuidade, sua insatisfação. Parece até masoquismo, gostar de sofrer, sentir dor por prazer, ahhhh, eu não vejo um pingo de sentido em viver assim.
Como diz minha mãe, - A verdade é que nessa vida tudo vai te machucar, só cabe a você saber pelo o que vai querer sofrer. Sofrer, sentir dor, é algo inevitável, é algo que te faz aprender, crescer, amadurecer.
Seres Humanos, as vezes podem ser comparados as ostras, transformam sua dor em algo belo. Uma ostra que não sofreu nenhum mal, não foi ferida, nunca produzirá uma pérola. As pérolas são feridas curadas, resultado de algum ferimento ou objeto indesejado dentro do corpo da ostra, como parasitas, ou um grão de areia. Automaticamente a ostra começa a reagir, vai encobrindo o corpo estranho com camadas e mais camadas de uma substância, que assim, protegerá o frágil corpo da ostra. Então faça de sua dor, de sua angústia, de tudo o que te faz mal, uma pérola. Use seu mal á seu favor, e faça disso para si mesmo uma lição.

domingo, 3 de maio de 2009



- Quase todos desacretidam que amizades ainda existem, não importando com quem seja. Se é amigo, irmão, um primo, alguém que você queira próximo, alguém que te entenda, que compreenda tudo o que acontece com você. Uma pessoa para poder dividir tudo, momentos felizes, e os tristes também, que está disposto á te ouvir chorar no telefone, ouvir sua angústia e medo, alguém que te dê cólo. Um alguém que sempre está com você, que você confie cegamente, sabendo que não será lesado ou traído por esse alguém, alguém te conheça mais que você mesmo.

Temos que dar o devido valor que elas merecem, em dias como esses, coisas assim não acontecem mais. Chega a ser engraçado quando eu falo sobre isso, todos começam a rir da minha cara, ninguém acredita mais em ninguém, isso é tão desumano. Faço tudo pelos camaradas na boa vontade, e eles fazem por mim também, graças a deus somos uma família muito unida, dentro de nosso círculo de confiança.

Engraçado mesmo foi ontem, fomos na virada cultural, vários shows, vários fatos um tanto pitorescos, rimos bastante, mais no meio do rolê me bateu uma revolta. De cara foi meio cansativo mais nada estressante, fomos a pé até a estação de trem, fomos no shopping encontar o Lú, e no fim das contas o viadinho rateou de ir, mó triste. Encontramos um pessoal na estação, e fomos para lá, muitos vandalos idiotas dentro dos trens, das estações, quebrando coisas sem necessidade, coisa de gente que nunca saiu de casa para fazaer um rolê legal. Fomos até o Brás, pegar o metro sentido Barra Funda, pra descer no Anhangabáu, um povo chutando tudo, quebrando coisas, batendo nas placas, fiquei me perguntando como é que eles tem capacidade de cometer tal ato? Só ficava ouvindo, o governo paga, o povo gritando o nome daquele time medíucre, dizendo ser louco por ele, isso justifica o vandalismo? Quebrar sem motivo, e ainda dizer que o governo vai pagar, Porra! o dinheiro que esses filhos da puta gastam saem de nossos bolsos, então é isso? Ficar se matando para pagar caro em tudo, inclusive nos impostos, pra eles gastarem com luxos e mais luxos e com coisas que não precisariam ser gastas? Só pra gastar o dinehiro dos cófres públicos? Isso só mostra o quanto nosso povo é burro e não tem um pingo de instrução. Isso é triste, boa parte desses otários que atacam o tal sistema(eu ouvi essa babaquice ontem), não frequentam escolas, se frequantam causam com tudo lá, desrespeitam os mestres, eles estão fazendo o jogo do tal sistema, estudar pra serem burros, e se reproduzirem e dar origem a iguais á eles, e os idiotas caem de cabeça nesse plano insano. Bem chega de falar sobre isso, vamos ás partes boas.

Chegando lá muuuuuita gente, saindo de toda parte, saindo pelo ladrão, todo mundo com um sorriso no rosto, todo mundo bem disposto á enfrentar a noite fria paulistâna, uma vibe boa nas ruas, tinha gente assistindo á programação, tinha shows independentes nas ruas, gente fazendo malabares, gente recitando poesia, cantando, poderia ter virada cultural todas as semanas se dependesse de mim. Fomos até a República, rolaram uns shows ótimos lá, assisti uns quinze minutos o Camisa de Vênus, afinal eu sou fã, a única coisa que fudeu foi o show do Marcelo Camelo na mesma hora, fomos pra lá, muito fóda o show dele, perfeito cara! Fiquei muito perto do palco, encontrei uma rota estratégica que fez eu ficar na frente da grade, só tive que conversar com um mike lá, simpático ele. Fiquei lá até ele sair do palco, depois teve estilo um tributo ao Tim, curti também, foi muito bom.

Saímos da avenida São João, fomos até a República de novo, aliás, fomos e voltamos umas cinco vezes, cansou. Passamos por um bequinho que tava rolando um show de Hc beem leve, tocaram umas músicas legais, tinha um povo dançando, eu como já estava meio alegre, só duas garrafas de gin foram pro saco, resolvi dançar. Dançar é tão bom, eu nem curto muito por que eu não sei, só quando eu to feliz.

Foi nessa hora que eu me estressei um pouco. Começou a tocar California Sun, música da minha banda favorita, comecei a dançar com uma garota que estava na minha frente, Juliane era o nome dela, muuito fofa, simpática, todos os adjetivos que podem definir uma menina, dançamos e dançamos, ficamos junto com um povo que estava lá com ela, os meninos olhando para as amigas dela com aquele olhar de lobo mau, e eu na tranqüilidade. Ela ficou rindo das minhas piadas sem graça enquanto conversávamos, ficou falando do meu estilo feio, que ela disse ser legal, original, grunge, punk, pop, dá pra conciliar tudo isso? hahahahahaha. Meu cabelo bagunçado, meu jeito desengonçado de segurar o violão, fiquei meio sem graça, confesso. Os meninos começaram a me pilhar pra tentar beijar ela, nem me senti bem, apesar dela ser atraente, eu não vi nossa conversa com um olhar maldoso, é só amizade. Foi ai que o Gu lançou a frase tosca do meu irmão, quem tem amizade com mulher é cabeleleiro, aquilo me deixou puto. Então homem não pode ter amizade com mulher? Desde quando inventaram isso? Que absurdo!

Enfim, apesar dos pesares foi bom, ficamos com ela e as amigas dela até o final do show do Matanza, que foi ótimo também, gritei e pulei pra caralho, todo mundo curtiu até mesmo aqueles que torcem o nariz pra eles, deu nossa hora, estavámos meio cansados já, todos fomos embora. Uma fila imensa no metro, muito empurra-empurra, que saco, enfim, fomos pra casa, e a Ju esqueceu o Ray Ban vermelho dela comigo, que wayfarer charmoso, e o celular também, só percebi isso quando cheguei em casa, ela tinha me passado o msn dela, de qualquer jeito ia ter como falar com ela, procurei na agenda do celular o número da casa dela e liguei, vou ter que fazer mó rolê pra levar mais tudo bem ;P

A parte boa de tudo isso foi que eu acho que ganhei uma amiga, e como diz minha mãe, melhor uma amiga do que uma ex-namorada.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tenho que ser paciente


- A garganta dá aquele nó, as mãos ficam suadas, inquetas, os pés mexem, passo a noite rolando na cama, abraço o travesseiro, nada substitui. A saudade é o pior sentimento que existe. Meus pensamentos sempre estão á todo vapor, sempre tenho idéias novas, desenhos, coisas para escrever, mais quase sempre trava, quero dizer mais não consigo.
Não sei explicar se é por respeito, ou se é medo, ou até um receio, engulo o choro. Se eu escrevesse aqui tudo o que eu penso, haveriam novos texto de quinze em quinze minutos, muitas vezes, transcrevo minhas palavras em lágrimas, e guardo tudo isso pra mim.