quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eu me odeio, isso é fato!


Eu vivo olhando para trás, tentando encontrar algo essêncial que eu não tenha feito que mais tarde viria causar esse fim trágico. Me vejo de longe, cruzo comigo mesmo em lugares que eu nunca fui, me encontro em destroços, todo o tempo parece faltar aquilo, aquilo que faz diferença. Eu tomo um porre, eu fico quieto, eu observo tudo ao meu redor, as mesas, os amigos ao seu redor, os casais. Aquela vida noturna que todos querem ter para mim é falta de opção, no meu caso a boêmia é uma depressão.

Eu me vejo aqui, espalhado na minha cama, eu viro de um lado para o outro, não consigo dormir. Eu preciso, é, eu odeio admitir mais eu preciso de café, de cigarros, eu preciso de gin. Na verdade, ninguém precisa disso para se sentir um todo, isso ameniza, momentâneamente, logo o vazio volta e me toma, fui racional em ter cautela para não me machucar e nem me fazer sentir dor, mas é, eu não consegui, acho que sofreria menos.

Procuro tentar entender por que são as coisas bobas que são essenciais, coisas sem sentido, eu me levanto, abro os olhos, eu vejo meu quarto, eu vejo desordem, eu escuto meu rádio parecer estar perdido, buscando rádios que estão fora do ar, eu saio da cama. Eu tento respirar,eu tento me virar como eu posso, eu faço de tudo para que o dia fique melhor e ao final de mais um dia, vejo que eu falhei, explique isso, busque algo racional o bastante e dê seu diagnóstico, tente pensar como eu e veja algo concreto sobre tudo isso.

Eu não me perdoo, eu me culpo, eu tenho me auto-destruído, eu não consegui chorar quando precisava e não tenho conseguido chorar últimamente. Sou fardado a isso, eu tenho que se forte, eu tenho que cuidar do que é nosso, nossos interesses, nossos familiares, defender esse ideal é tão difícil, não há maneira de substituí-lo. Eu estou a beira de um novo colapso nervoso.

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